segunda-feira, novembro 21, 2011

"DEIXEM-NOS TRABALHAR"

"Deixem-nos trabalhar"

Pinto da Costa


Foi coisa que nunca permitiram à equipa de Vítor Pereira. Deixarem-nos treinar com tranquilidade. Logo de início, vieram os assobios em pleno Dragão por tudo e por nada. Como se vê a equipa demonstra uma intranquilidade e falta de confiança absoluta que os seus próprios adeptos não estão isentos de culpa.

Isto tudo porque queriam os resultados do ano passado. Mas como se vê, pelos resultados que o Villas-Boas anda a fazer por Inglaterra, aquela época raramente se repetirá, aquela felicidade de ganhar quase tudo mesmo jogando mal não se repetirá. A forma extraordinária como alguns jogadores se apresentaram dificilmente acontecerá de novo, nomeadamente Hulk, Moutinho, Guarín, Álvaro Pereira. O Falcao já não mora cá.

Por tudo isto, e especialmente por vermos a sofreguidão do Villas-Boas, alguns adeptos do FC Porto deveriam ser mais humildes e reconhecerem que aquela época foi uma excepção. Mas não. Continuam arrogantes e cada vez mais selvagens.

A troca de treinador seria uma caixinha de surpresas. Temos exemplos de trocas que melhoram, outros que pioraram. Sou apologista que se deve deixar os treinadores cumprirem os seus contratos, ainda para mais quando lhe colocam tantos obstáculos para o fazerem com a tranquilidade.  Mas não é fácil. Veremos a estaleca do Pinto da Costa. Veremos se vai pelo caminho fácil como os outros. Uma coisa é certa: Já sabemos o que nos esperará no pós-Pinto da Costa se Ruis Moreiras e afins tiverem alguma vez poderes no FC Porto. Espero não ter que assistir a esses filmes de terror e à benfiquização do FC Porto.

Independentemente da passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões ( grandes clubes passam de tempos em tempos por dificuldades, basta ver o Villarreal que não tem nenhum ponto),  quero ver o Vítor Pereira a terminar a época no FC Porto, especialmente para avaliarmos o seus desempenho quanto ao principal objectivo: o campeonato. A não ser que mesmo esse objectivo esteja fora do alcance a várias jornadas do fim.

Defender o Vítor Pereira neste momento é quase um sacrilégio, mas como nunca lhe deram o benefício da dúvida e exigiram quase o impossível, dificultando imenso o trabalho dele e dos jogadores, é o mínimo que posso fazer.