quinta-feira, julho 17, 2008

REVOLTA


Depois de alguns dias de um silêncio tão óbvio que só pode ter sido cúmplice, a decisão do Tribunal Arbitral de Desporto, de recusar os recursos apresentados pelo Benfica e pelo Guimarães, e a correspondente confirmação por parte da UEFA da participação do FC Porto na próxima edição da Liga dos Campeões fez voltar as críticas violentas ao Conselho de Justiça da Federação Portuguesa Futebol.

Durante alguns dias ainda houve quem alimentasse a esperança de que, se não se fizesse muito barulho e se se atribuísse ao CJ uma credibilidade que claramente não merece, os juízes do TAS ignorassem a polémica que rodeou a última e tumultuosa reunião daquele órgão, dando crédito ao teor da decisão de cinco conselheiros amotinados.

Ontem, perante a evidente inutilidade do CJ para as causas do Benfica e do Guimarães no TAS e na UEFA, voltaram as críticas violentas e os apelos à intervenção imediata de poderes superiores. Ó da guarda, aqui d'el rei, chamem a polícia, a ASAE e o Governo.

E se isso não chegar, há até quem vá mais longe e defenda a política da terra queimada: a UEFA faria bem era em suspender Portugal inteiro. A Federação, os clubes, tudo a eito, assim é que era, a ver se aprendíamos.

É bem visto. Se não vai quem nós queríamos que fosse, não devia era ir ninguém.

Jorge Maia in OJOGO