sábado, novembro 10, 2007

Quaresma

JORGE MAIA no OJOGO


Surgiu, nos últimos dias, a ideia de que o público do Dragão teria perdido a paciência com Quaresma. Houve até quem tivesse ouvido nos assobios dispensados ao extremo, em particular no jogo com o Marselha, um estridente e sonoro pedido a Jesualdo Ferreira para tirá-lo de campo. Ora, cada um ouve aquilo que quer nos assobios e eu ouvi uma coisa diferente.

O que o público do Dragão quer, parece-me, não é que Quaresma seja substituído por outro jogador qualquer, mas que jogue como só ele sabe, como só ele pode.

E, como é óbvio, ninguém nas bancadas do Dragão vai ficar satisfeito com menos do que aquilo a que Quaresma os foi, bem ou mal, habituando ao longo dos últimos anos. Depois, ainda há o detalhe de Quaresma ser um dos raros jogadores a quem vale a pena cobrar alguma coisa. Tome-se o jogo com o Marselha como exemplo. Depois de ter passado a maior parte da partida perdido nos seus próprios labirintos, o extremo foi despertado pelos assobios das bancadas e acordou a tempo de fazer pelo menos duas boas assistências: a primeira serviu para Lisandro ensaiar o golo que fixaria na sequência da segunda. Foram apenas dez minutos à Quaresma, mas o suficiente para fazer a diferença entre um mau empate e uma excelente vitória. Uma diferença que o público do Dragão se habituou a esperar de Quaresma e que vai continuar a cobrar-lhe sempre que achar que o extremo pode dar mais. E Quaresma pode quase sempre dar mais.

Arbitragem
Jarras e jarrados

Os árbitros dos dois últimos jogos em que o FC Porto participou foram "castigados" pela Comissão de Arbitragem por erros cometidos nessas partidas. Curiosamente, apesar de quase todos os jogos do actual campeonato serem marcados por erros de arbitragem mais ou menos grosseiros, só esses dois foram alvo de tal sanção.

Curiosamente...