quarta-feira, dezembro 20, 2006

Critérios

A corrupção lampíonica continua na LIGA...basta ver os critérios...


Jorge Maia no OJOGO:


1- Há uma excelente notícia escondida, encolhida de medo, por detrás de todo o chinfrim em torno da nomeação de Maria José Morgado para coordenar a investigação do processo Apito Dourado. Um país que investe fortunas e os seus melhores elementos a investigar a corrupção no futebol tem mesmo de ser um pequeno paraíso à beira-mar plantado. Quais redes de pedofilia e de tráfico de seres humanos? Quais redes de tráfico de droga e de contrabando? Quais crimes económicos? Qual Operação Furação? Qual crime organizado? Qual violência doméstica? Quais homicídios qualificados ou inqualificados? A grande prioridade da nossa Justiça, aquilo que nos traz a todos desassossegados e inseguros, aquilo em que investimos uma das nossas melhores investigadoras é em saber se o presidente do clube x pagou ao árbitro y para ganhar ao clube z. Depois sim, podemos respirar mais tranquilamente e deixar os miúdos brincar na rua outra vez.

2- Edson, jogador do Paços de Ferreira, teve uma entrada violenta sobre Pepe, central do FC Porto, no jogo disputado no último fim-de-semana no Dragão. O jogador do Paços de Ferreira tinha visto apenas dois amarelos durante o resto da temporada e nunca tinha sido expulso ao serviço do seu clube. A Comissão Disciplinar da Liga castigou-o com dois jogos de suspensão e multa de 500 euros, aplicando-lhe o ponto 1 do artigo 122 do regulamento disciplinar.

Há duas semanas, o mesmo artigo serviu para justificar a aplicação de apenas um jogo de castigo e 400 euros de multa a Nuno Gomes por uma entrada violenta sobre João Moutinho no clássico de Alvalade. Isso apesar daquela ser a segunda expulsão de Nuno Gomes no presente campeonato. Critérios.



PONTO FINAL

"É ponto assente que quero terminar a carreira no FC Porto"

Vítor Baía, jogador do FC Porto



Entretanto , esta Justiça é uma palhaçada:

José Veiga tenta ganhar tempo


José Veiga está a fazer por tudo para não ter de prestar a caução de 500 mil euros determinada pelo juiz de instrução do designado caso João Pinto. O ex-empresário de jogadores viu o Tribunal de Instrução Criminal dar-lhe resposta negativa a um pedido de suavização das medidas de coacção, alegando não ter dinheiro, mas não se conformou. O seu advogado, João Correia, acaba de efectuar um pedido de esclarecimento sobre alguns aspectos do despacho do juiz.

Na óptica de José Veiga, enquanto decorre esta diligência do seu defensor, João Pinto poderá ser novamente ouvido pelas autoridades, tal como solicitou no final do passado mês de Novembro, através de Castanheira Neves, um dos seus advogados. O ex-empresário - indiciado por crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais, pelo alegado desvio de 3,29 milhões de euros de um contrato paralelo celebrado com o Sporting - conta que esse depoimento possa esclarecer o destino daquelas verbas e atenuar a suspeição que recai sobre si. Veiga até já anunciou que tenciona regressar ao Benfica somente depois de João Pinto prestar declarações.

Se, após o esclarecimento, o juiz mantiver a obrigação de prestação da caução de 500 mil euros, João Correia pode recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, não estando entretanto Veiga obrigado a apresentar os 500 mil euros.