segunda-feira, julho 01, 2013

ENTREVISTA AO VÍTOR PEREIRA - ESTAIS DESCULPADOS :-))



Vítor Pereira assume que sair do F.C. Porto «não foi emocionalmente fácil». De todo o modo, evita toda e qualquer polémica na despedida, elogia o posicionamento da SAD azul e branca nas duas semanas de negociações e diz, sem rodeios, ter ficado surpreendido com a «persistência» de Pinto da Costa. Tudo nesta entrevista exclusiva ao Maisfutebol.

A euforia do bicampeonato, os elogios, toda a festa após a vitória em Paços de Ferreira: nada disto abalou a sua convicção em querer sair do F.C. Porto?
«Tenho oito anos de F.C. Porto: cinco na formação e três nos seniores. Esta saída não é emocionalmente fácil. A minha decisão demorou muito tempo a ser tomada. Mas um chefe de família não pode pensar exclusivamente em si e tenho de perceber que o momento obrigava-me a isto. Tenho quatro títulos como treinador principal e quatro como treinador adjunto no F.C. Porto. São oito títulos e isso não se esquece.

Sai amargurado ou desiludido com alguém?
«Deixo amizade na família portista. Agradeço muito aos meus jogadores, os verdadeiros protagonistas, e também à direção e à administração. Permitiram-me trabalhar ao mais alto nível num clube como o F.C. Porto. Agradeço a todos os que proporcionaram estes títulos. Há muita gente a trabalhar na sombra. O técnico principal é só a face mais visível. Agradeço também aos adeptos, às nossas incansáveis claques e, de uma forma geral, à comunicação social. Saio de consciência tranquila. Tudo fiz para honrar e defender o clube. Saio tranquilamente e em paz com toda a gente, do presidente ao técnico de equipamentos. Foi uma experiência fantástica».

Acha que é possível voltar um dia ao F.C. Porto?
«Provavelmente sim, mas só podemos controlar o nosso presente. O futuro a Deus pertence. Julgo que deixo uma porta aberta no clube e acho que os responsáveis do clube julgam o mesmo».

Negociou duas semanas com a direção do clube, após o final da época. Ficou satisfeito com o que ouviu e lhe foi proposto?
«Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade. Aliás, até fiquei surpreendido com a persistência deles. Não é normal darem tanto tempo a um treinador para tomar uma decisão. Mostraram que me queriam, mas tive de tomar uma decisão e comuniquei-a ao presidente no dia 29 de maio. A partir daí o F.C. Porto teve de partir para outras opções e eu para outros caminhos».

O F.C. Porto escolheu bem o seu sucessor?
«Não conheço bem o Paulo Fonseca, mas fez um excelente trabalho no Paços e justifica esta aposta. Diria mesmo que fez um trabalho brilhante no Paços de Ferreira».

Em Portugal só o veremos a treinar o F.C. Porto?
«O meu futuro mais próximo não passa por Portugal. Vou trabalhar alguns anos fora do país. Mas não controlo em absoluto o futuro. Não posso, como profissional, dizer que não vou trabalhar aqui ou acolá. Isso seria irresponsável e eu com a minha família não sou irresponsável. Vamos ver as oportunidades que me vão surgir no dia em que decidir voltar».

in maisfutebol

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Afinal, Pinto da Costa e a SAD queriam mesmo a continuidade do treinador...subiram na minha consideração...ninguém os poderá culpar, caso a próxima época corra mal, de deixarem partir um treinador bicampeão...foi porque quis e na minha opinião fez bem...:-)