quarta-feira, julho 19, 2006

Os Corruptos lampiões DOPADOS



Pelos vistos está mais que provado quem são os Corruptos deste país...conseguem comprar Juizes do Conselho de Justiça, que com as mesmas leis , com os mesmos dados castigaram um jogador de outro clube anteriormente -Para reforçar as suas afirmações, Laurentino Dias leu um antigo acórdão do CJ, de 2002, que na altura puniu o jogador Rui Lopes (Setúbal)- ( como diz LD: "Só mudou o arguido, não mudaram as leis, não mudou a Federação, não mudou o Conselho, mudou o arguido. E mudou o sentido de dignidade quando se trata de uma matéria da importância, da relevância, que é a luta contra o doping") , mas neste caso depois de se venderem ao Benfica conseguiram transformar um DOPADO numa vítima....


O Secretário de Estado da Juventude e Desporto considera que o acórdão do Conselho Justiça da Federação Portuguesa de Futebol que arquiva o caso Nuno Assis "viola grosseiramente as normas e regulamentos nacionais e internacionais da luta contra o doping". Laurentino Dias diz que o Governo vai "remeter para apreciação da Procuradoria Geral da República" e dará conhecimento de todo o dossier à UEFA e FIFA, interpelando-as "para que tirem as consequências desta decisão" e, eventualmente, para o remeterem para o Tribunal Arbitral do Desporto.

O Secretário de Estado do Desporto, que na conferência de imprensa dada esta tarde para abordar o caso, esteve acompanhado dos presidentes do CNAD e do Laboratório Antidopagem, Luís Sardinha e Luís Horta, respectivamente, considerou "uma vergonha" todo o processo e garantiu que o Governo irá até às "últimas consequências" neste caso. O arquivamento surgiu, na passada sexta-feira, a apenas um mês de serem cumpridos os seis meses de suspensão instaurados ao médio "encarnado". Suspenso desde 03 de Fevereiro, o futebolista tinha acusado o metabolito 19-norandrosterona num controlo antidoping realizado no final do jogo com o Marítimo, referente à Liga portuguesa, realizado a 03 de Dezembro de 2005. Na altura do arquivamento do processo, o advogado do Benfica e o próprio jogador desferiram críticas contundentes à actuação da Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), presidido por inerência pelo titular do Instituto do Desporto de Portugal (IDP).

Os presidentes do CNAD e do LAD, Luís Bettencourt Sardinha e Luis Horta, refutaram hoje irregularidade no processo de doping do futebolista Nuno Assis, garantindo que "cumpriram a legislação" e as normas da Agência Mundial Antidopagem (AMA). Bettencourt Sardinha, presidente do Instituto do Desporto e, por inerência, do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), começou por explicar os procedimentos adoptados na chamada "cadeia de custódia" e no transporte da amostra da urina do jogador do Benfica.

A amostra terá sido transportada em "mala térmica" desde o Funchal, não tendo sido entregue para expedição ao serviço CTT Expresso, uma empresa certificada com as normas ISO. O facto de o encontro entre Marítimo e Benfica a que se reporta do controlo positivo se ter realizado no final de uma noite de sábado, a 03 de Dezembro de 2005, levou a que a amostra apenas fosse expedida na segunda-feira. A empresa apenas terá entregue a amostra no Laboratório de Análises e Dopagem (LAD) na "manhã de quarta-feira", tendo sido verificada a "integridade da amostra", uma vez que o seu PH era idêntico ao que foi medido ainda na Madeira (5,4 no Funchal, 5,5 em Lisboa). O presidente do IDP sublinhou ainda que o CNAD votou "por maioria contra o arquivamento" do processo e considerou que a decisão nesse sentido tomada sexta-feira pelo Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) é uma "grande violação do código mundial antidopagem".

Luis Horta, presidente do LAD, confirmou a versão de Bettencourt Sardinha quanto à não degradação da amostra de urina e ainda a realização de um "estudo de estabilidade" da urina, algo que é feito "em defesa do praticante". "Fizemos tudo para verificar a integridade ou a possível degradação da amostra", reiterou, acrescentando: "Todos os critérios foram seguidos" para garantir a seriedade da análise e "o perito do Benfica assinou a acta confirmando os resultados da amostra B". O responsável pelo LAD considerou ainda "ridícula" a alegação do Benfica sobre o "computador chamado António", explicando que o nome António Ascenso era o do técnico que "preparou o padrão a utilizar para a análise", com validade para um ano, que na altura dos factos já não trabalhava para o LAD. As declarações dos dois responsáveis foram proferidas numa conferência de imprensa realizada hoje na Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, com a presença de Laurentino Dias, para tratar do arquivamente do "caso" Nuno Assis.

Depois de todo este processo, foi com perplexidade que estas instâncias assistiram ao arquivamento do processo, já que as normas internacionais defendem que a positividade da amostra é prova suficiente para garantir a existência de consequências disciplinares para o atleta em causa. Laurentino Dias acusou mesmo o Conselho de Justiça de ter baseado a sua decisão em questões formais e não científicas, ignorando o resultado dos dois testes efectuados.