segunda-feira, julho 17, 2006

Idealista

Jorge Maia no OJogo:

Depois do calculismo que marcou o último mês, depois de um Mundial que valorizou os defesas, os médios-defensivos e os guarda-redes e desvalorizou os avançados, os extremos e os médios-criativos, depois do triunfo do pragmatismo sobre o idealismo, depois da vitória dos Materazzis sobre os Ronaldinhos era de admitir que Co Adriaanse voltasse das férias um pouco mais cínico. Certamente ninguém levaria a mal ao holandês se ele fizesse como o resto de nós, baixasse os braços e desistisse. Ninguém ficaria chocado se pura e simplesmente se rendesse à lógica do resultado que fez escola no Mundial e que acabou por premiar o campeão lógico. E, contudo, que fez ele logo que chegou ao Porto? Contratou um psicólogo para convencer os jogadores a aceitarem as suas limitações e a jogarem para o mal menor? Não, contratou um treinador para melhorar a técnica individual dos jogadores. E como se isso não bastasse, apresentou-se na primeira conferência de imprensa a sublinhar que, tão importante como ganhar é jogar bem, marcar golos e dar espectáculo. Jogar bem? Marcar golos? Dar espectáculo? Claramente, Co Adriaanse não teria ficado muito tempo na Alemanha. Teria voltado para casa cedo, com os outros idealistas que cometeram o pecado de tentar ganhar jogando bonito.

Ora, felizmente, de vez em quando, há quem arrisque voltar mais cedo para casa. Como o Brasil de 82, o Brasil de Falcão, Sócrates e Zico que ganhou aquele Mundial mesmo sem ter conquistado o título. Porque o futebol é o espectáculo e a magia, é o toque de calcanhar de Sócrates, a gambeta de Maradona e o drible de Pelé. Se fosse só resultados, ficávamos todos em casa em frente da televisão à espera do sorteio.

MCCARTHY
Fica?


O empresário de Benni McCarthy, Rob Moore, mostrou-se surpreendido com as afirmações do treinador portista que deu como certa a continuidade do sul-africano no FC Porto. Em declarações ao Maisfutebol, Rob Moore admitiu que andava à procura de clube para o ponta-de-lança, mas mostrou-se satisfeito com a perspectiva do sul-africano levar o contrato com o FC Porto até ao seu termo e até acrescentou que a concorrência por um lugar no ataque do campeão nacional apenas serviria para motivá-lo.

NEM SIM, NEM NÃO


"Não digo que é impossível o Jan Vennegoor of Hesselink ir para o FC Porto. Mas também não quero dizer que é possível. Neste momento não tenho muita coisa a dizer porque não há acordo entre os clubes"

Tony Hesselink, pai e empresário de Jan Hesselink