terça-feira, janeiro 24, 2006

De SAPO em SAPO...

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"O nosso inimigo anda impune de sapo em sapo"

O presidente do FC Porto entreabriu o segundo livro de memórias, que está a escrever, para revelar o capítulo do jantar de José Veiga com o ex-árbitro assistente do Estoril-Benfica da época passada e concluir que o dirigente do Benfica é "mentiroso". Assim mesmo, com todas as letras - teve o cuidado de consultar o dicionário antes de fazer a acusação.



A prenda de Pinto da Costa para o aniversário da Casa do FC Porto de Espinho foi um excerto mordaz do mais recente capítulo do segundo livro de memórias que está a escrever. "Chama-se 'O apito encarnado'", o enredo é construído à volta do jantar que, na semana passada, juntou José Veiga com o ex-árbitro assistente Devesa Neto e a moral da história leva a concluir que o protagonista da SAD do Benfica é "mentiroso". A noite era de Baía e o presidente portista não deixou de abordar a perda da titularidade do guarda-redes, mas pediu aos adeptos do azul e branco que não se deixem distrair:
"Podemos discordar das decisões do presidente, do treinador e dos jogadores, mas temos que estar cientes que o nosso inimigo anda de sapo em sapo e que está protegido e impune e não lhe levantam qualquer Apito Dourado".


Até Pinto da Costa subir ao palco, só se falara de Vítor Baía. Por ser "uma coisa fresca", decidiu "ir por outro lado" e dedicar a intervenção à produção literária a que se tem dedicado, depois do sucesso de vendas da primeira autobiografia, "Largos dias tem cem anos".
"Estou a fazer um segundo livro e o último capítulo que escrevi chama-se 'O apito encarnado'. Para ser rigoroso, consultei o dicionário da Porto Editora sobre a palavra mentiroso e a na página 561 diz que é um acto ou efeito de mentir, uma peta, uma falsidade, um embuste, um erro. Por isso, posso usar este termo",
afirmou, passando a desvendar o enredo que levou o FC Porto a denunciar, no site oficial, o jantar de José Veiga com Devesa Neto:
"Começa assim: no dia 20 de Janeiro de 2006, às 20 horas, fui convidado pelo João Rodrigues e pelo Pinto de Sousa para jantarmos em Gaia. Às 20h30, disse-lhes que não podia ir, e então esses senhores resolveram mudar de trajectória e foram ao restaurante Sapo, em Penafiel. Chegaram lá e viram o senhor José Veiga a jantar com um ex-fiscal de linha, de que agora nem me lembro o nome. Achei estranho que, nesse dia, o Benfica tendo viajado para o Norte, o responsável pelo futebol desse clube fosse jantar ao Sapo e não com a equipa. Denunciámos como estranho este jantar, no nosso site, e o Benfica reagiu, dizendo que não estavam lá a jantar com o fiscal-de-linha, mas sim a convite do João Rodrigues e do Pinto de Sousa. Isto deixa-me perplexo. No dia seguinte ao FC Porto-Dínamo de Moscovo, jantei, efectivamente, com o Pinto de Sousa e o João Rodrigues, pessoas que, actualmente, não têm qualquer cargo no futebol".


Depois de um ataque cerrado a alguns nomes da Comunicação Social, Pinto da Costa deixou no ar lembranças e interrogações.
"Também fico preocupado quando esse fiscal-de-linha diz que, agora, almoça e janta muitas vezes com o senhor Veiga, e fico mais preocupado quando constato que esse fiscal-de-linha foi o que esteve no Benfica-Estoril da época passada. Será que é este o enigmático comprador das acções do Estoril?",
questionou, e terminou com uma promessa:
"Ainda vou ter muitos capítulos para escrever".


in Ojogo