domingo, dezembro 31, 2006

BOM ANO 2007




CAMPEÃO NACIONAL

VENCEDOR TAÇA DE PORTUGAL

VENCEDOR SUPERTAÇA

1º CLASSIFICADO DA LIGA

OITAVOS-DE-FINAL DA LIGA DOS CAMPEÕES


quinta-feira, dezembro 28, 2006

FC Porto 2006/2007

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FC Porto 2006/2007

Parabéns a Jesualdo Ferreira e a todos os que contribuem para o sopro do dragão. De A a Z, eis o dicionário destes quatro meses de triunfo.

O FC Porto, de Jesualdo Ferreira, esmaga a concorrência: é a única equipa portuguesa que se mantém ao mais alto nível na Europa, depois de uma recuperação brilhante na fase de grupos da Champions; é o líder do Campeonato, com uma vantagem já simpática sobre os seus dois rivais directos; tem o maior número de golos marcados e o menor número de golos sofridos; lidera o troféu do melhor marcador, do melhor jogador do Campeonato e do jogador mais valioso; lidera o Troféu BES e o Troféu Disciplina; é a equipa com maior média de assistências por jogo e talvez a única de que não é possível dizer que deve um único ponto às arbitragens. Melhor, honestamente, era impossível. Parabéns a Jesualdo Ferreira e a todos os que contribuem para o sopro do dragão. De A a Z, eis o dicionário destes quatro meses de triunfo.

ADRIAANSE — A primeira e mais decisiva entrada deste dicionário. A sua saída, antes de disputado qualquer jogo oficial, foi a melhor notícia e a mais importante aquisição nesta temporada. Não era por acaso que todos os anti-portistas elogiavam tanto Adriaanse: a sua irracionalidade, teimosia e arrogância acabariam por desfazer uma grande equipa. Deve estar a roer-se de inveja por constatar que, com a mesmíssima equipa e um sistema de jogo natural, Jesualdo Ferreira pôs o FC Porto a vencer e a marcar golos, uniu a equipa e o balneário, recuperou jogadores banidos e fez as pazes com o público.

ADRIANO — Parece que está de saída para o Sporting Braga, confirmando que nunca seria mais do que um razoável suplente.

ALAN — Inconstante e inseguro, capaz de coisas boas e de trapalhadas sem sentido. Pode fazer melhor.

ANDERSON — Um dos três génios da equipa, o vértice central do triângulo verdadeiramente luxuoso: Pepe, Anderson, Quaresma. É um médio de ataque que só sabe jogar para a frente e em movimento constante. Com ele, não há paragens nem quebras de ritmo — é um carrossel alucinante que põe a cabeça em água aos adversários. Há muito que não via um jogador assim e penso que todos aqueles que, acima de tudo, gostam de ver grande futebol, só podem lamentar aquela entrada de Katsouranis que o retirou da nossa vista durante quatro ou cinco meses. Se voltar igual ao que era, vale seguramente uns 40 milhões de euros — sobretudo, se voltar antes dos decisivos jogos com o Chelsea.

ATITUDE — É o grande plus deste clube e das equipas que o vão representando, ano após ano. Os jogadores do FC Porto são melhores profissionais e têm mais respeito pelo clube e pelos adeptos que quaisquer outros. Vítor Baía é, neste momento, o exemplo: onde estão os vítor baías do Sporting ou do Benfica?

BOSINGWA — Também irregular e inconstante, mas a melhorar claramente. Fez-lhe bem ter finalmente concorrência — a de Fucile. Deveria tentar mais as derivações pelo meio porque é bom em drible e em progressão.

BRUNO ALVES — Em relação a ele e a Postiga, dou a mão à palmatória: nunca pensei que Jesualdo conseguisse transformá-los em bons jogadores. Talvez pelo contágio de Pepe ou pela segurança que as oportunidades de jogar lhe deram, Bruno Alves não tem nada a ver com o jogador da época transacta, que não sabia quando atacar a bola e que a despachava de qualquer maneira. Está a crescer, jogo após jogo.

BRUNO MORAIS — Um só jogo que lhe vi, ainda na pré-temporada, foi o suficiente para entender por que razão Mourinho o contratou. Apesar do azar e das lesões, apesar do renascimento de Postiga, Bruno Morais já deu indicações suficientes de que está ali um grande jogador, pronto a explodir. Que a sorte finalmente o acompanhe!

CAROLINA SALGADO — Não joga pelo FC Porto, mas joga e muito, pelos adversários. Quis, com a sua traição e o seu abjecto panfleto, manchar o trabalho de todos estes jogadores e técnicos, que se batiam no campo enquanto ela se exibia no camarote. Mas acredito que, no fim, a verdade virá ao de cima, embora a desonra e os danos já ninguém os apague.

CECH — Um bom jogador, não um extraordinário jogador. Ataca bem, defende pior. Mas tem terreno e idade para progredir.

CSKA MOSCOVO — A vitória decisiva, a demonstração que faltava de que este FC Porto é herdeiro dos grandes FC Porto que honraram este país e o nosso futebol. Por muito que isso custe a engolir a muitos.

DIEGO — Há um que saiu e bem, em minha opinião, e outro que vai entrar. O que saiu era o oposto de Anderson: travava o jogo, perdia-se em rodriguinhos inúteis e não sabia onde ficava a baliza do adversário.

DIOGO VALENTE — Parece que vai ser emprestado, mas gostaria de o ter visto mais vezes em jogo. Não deixa de ser impressionante pensar que, das sete aquisições feitas pelo FC Porto esta época — Paulo Ribeiro, Ezequias, João Paulo, Tarik Sektoui, Diogo Valente, Vieirinha (este promovido) e Fucile — só o último é regularmente utilizado.

DÍVIDAS DA SAD — Trinta milhões de euros declarados no último exercício: um descalabro que, fatalmente, terá de ser remediado, mais tarde ou mais cedo, com a venda dos anéis. Esta febre de comprar jogadores que não servem para nada a não ser para serem emprestados explica muita coisa. Só falta explicar para que os compram.

ESTÁDIO DO DRAGÃO — O mais bonito estádio de futebol que alguma vez vi. Uma das melhores obras de sempre da arquitectura portuguesa. E é sempre a primeira vez em cada regresso a casa.

EZEQUIAS — Quem o comprou que explique.

FUCILE — Ah, uma na mouche! Grande miúdo, grande personalidade, grande coragem! Vai deixar marca.

GOLOS — Afinal, não era o sistema maluco de Adriaanse que os conseguia. Este ano, de volta ao 4x3x3, o FC Porto só ficou em branco em jogos da Champions.

HÉLDER POSTIGA — A impossível ressurreição. Quem o viu nas três temporadas anteriores, custa-lhe a crer que seja o mesmo. Não é só ter começado a marcar golos, é tudo o resto: remata, corre, desmarca-se, tem alegria em jogar. Antes, não se mexia, não se dava a incómodos. Será para durar?

HELTON — A elegância na baliza e a rapidez de reflexos. Mas falta-lhe ainda uma coisa para me tranquilizar: aprender a sair às bolas altas como o Baía faz.

IBSON — Vale mais do que mostra. Valerá bem mais quando puser os olhos em Anderson e perceber que nenhuma jogada, por mais espectacular que seja, tem interesse se, no fim, a bola acaba nos pés dos adversários. Levante a cabeça e olhe para o jogo!

JESUALDO FERREIRA — Até que enfim, um treinador normal! Até que enfim, alguém para quem a inteligência supera a vaidade! Merece todo o crédito pela revolução tranquila que está a levar a cabo no FC Porto.

JORGE COSTA — Teve uma despedida despercebida e injusta mas há-de voltar, porque faz parte da vida deste clube.

JORGINHO — Um mistério eternamente por esclarecer: como é que era tão bom em Setúbal e é tão abúlico no Porto? Mas já teve oportunidades suficientes — só se pode queixar de si próprio.

JOÃO PAULO — Quem o comprou deveria ter alguma ideia: importa-se de dizer qual era?

KATSOURANIS — Joga pelos outros, mas sozinho causou-nos maiores danos do que todos os adversários e inimigos juntos. Quando for o jogo da Luz, é de esperar que Jesualdo deixe Quaresma no banco!

LISANDRO — Umas vezes bem, outras nem tanto. Ainda faz sentir saudades de Derlei.

LUCHO — Dois jogos de classe e dois golos portentosos — contra o Hamburgo e o Nacional. No resto, muito, muito aquém do que pode e sabe. Deve bem mais à equipa.

PAULO ASSUNÇÃO — Muito longe do nível da época passada e o meio-campo ressente-se disso.

PEDRO EMANUEL — Lesionado logo no início da época, vai ter um regresso difícil.

PEPE — Podem levar à conta de facciosismo clubístico mas é isto que eu penso e já vem de trás: é o melhor central do Mundo, na actualidade.

PAULO RIBEIRO - ?

PINTO DA COSTA — Enfrenta o seu ano de todos os perigos. Carolina e o défice são dois combates que não consentem subterfúgios.

RAUL MEIRELES — Claramente, o elemento mais fraco da equipa. Vagueia pelo campo, sem grande utilidade visível. Alguém estabeleceu que era um grande rematador de meia-distância: há seis meses que não acerta um remate na baliza.

REINALDO TELES — O homem que está lá sempre. For all seasons.

RICARDO COSTA — Sem lugar na equipa. De saída, normal, para Marselha.

RICARDO QUARESMA — Pegou no facho depois de Anderson cair em combate e levou a equipa atrás, mostrando que é o melhor futebolista português da actualidade e um dos melhores do Mundo nas suas várias posições. É um jogador absolutamente excepcional, como já o era no ano passado e há dois anos, e agora se percebe melhor o crime que foi deixá-lo de fora do Mundial-2006. Em lugar de explicações sem sentido, Scolari deveria pedir desculpa — a ele, aos portugueses e a todos os que gostam de futebol e não o puderam ver na Alemanha.

RUI BARROS — Missão cumprida. Mais uma. E a Supertaça no bolso.

SOKOTA — O mais azarado e o mais caro do clube.

TARIK SEKTOUI — Talvez um razoável suplente.

VIEIRINHA — A grande revelação da pré-época, a que Jesualdo não deu continuidade. E é pena, porque parece estar ali um grande jogador em potência.

VÍTOR BAÍA — Capitão do balneário, treinador adjunto oficioso, guarda-redes suplente, o que quiserem: Baía é a Torre dos Clérigos desta equipa, um jogador e um desportista como não há outro e já tenho saudade de o ver jogar.

domingo, dezembro 24, 2006

Desejo-vos um SANTO NATAL



UM FELIZ NATAL PARA TODOS.

Tenham juízo rapazes...



Que o samba, o pagode, o bacalhau,as rabanadas,etc,etc...não vos façam mal...Feliz Natal!!!

Mais 4 Lisboetas

Diego em GRANDE




Que ele é um grande jogador já toda a gente sabia(menos o Co Adriaanse) mas parece que agora deixou a sua atitude de menino mimado e começou a trabalhar a sério...


Médio distinguido pela terceira vez
Diego recebe o prémio de melhor em Dezembro


O brasileiro Diego está absolutamente imparável na Bundesliga no que respeita a prémios. O antigo médio do FC Porto, agora companheiro do português Hugo Almeida no Werder Bremen, foi eleito melhor jogador do mês de Dezembro na Alemanha, aumentando para quatro o número de galardões entregues a jogadores dos vice-campeões germânicos, uma vez que já tinha arrecadado os respeitantes a Agosto e Outubro e Miroslav Klose a Novembro. A única excepção aconteceu no mês de Setembro, em que o vencedor foi Schlaudraff, do Alemannia Aachen, equipa onde alinha o lateral Sérgio Pinto.

Para os 51,3 por cento dos votos que recebeu Diego muito terão contribuído as exibições realizadas frente a Hertha de Berlim e Eintracht de Frankfurt, nos quais conseguiu marcar três golos no total. Em 16 presenças no principal campeonato alemão, o internacional "canarinho" já leva oito remates certeiros e 10 assistências para golo.

in OJOGO

Está combinado:-))

Bonito para quê?





Álvaro Magalhães, escritor no JN:

Bonito para quê?


O presidente do Braga, irritado com a fraca assistência no jogo com o Grasshoppers, ameaçou levar os jogos da equipa para Guimarães. Leio agora em "O Jogo" que alguns ripostaram argumentando com desconforto do Estádio Municipal, que parece ter sido concebido para uma região tropical. Diz um deles que é "um estádio muito frio e nada funcional", diz outro que "não há lá o mínimo conforto" e outro ainda que "não cria qualquer envolvência".

Agora digo eu Parece impossível! Um estádio que colecciona elogios, prémios, que é considerado uma obra-prima, e não serve para os adeptos? Para que servirá então? Para ilustrar as revistas de arquitectura e para ser visitado por estudantes de arquitectura do mundo inteiro, para isso serve. E, claro, serve para ser bonito, para admirarmos a sua dramática suspensão no espaço. No entanto, já se suspeitava também que serve mal a função de acolher os adeptos que o frequentam.

O problema principal reside na supressão deliberada dos topos, o que, além de impor a visão unívoca da lateralidade, provoca a fragmentação dos adeptos e despreza conceitos como ressonância, unidade e envolvimento, só possíveis de alcançar com a circularidade tradicional.

Mas há ainda outro conceito desprezado, o de recolhimento. Um estádio é um lugar onde se presta um culto. Cada jogo é também uma cerimónia impregnada de religiosidade essencial e o seu carácter ritual não aconselha a abertura e o desvelamento.

Digamos, pois, que Souto Moura fez com que o estádio se adaptasse à sua obra, que se caracteriza pela simplicidade dos gestos e a redução dos elementos (inicialmente estava mesmo prevista uma única bancada), quando deveria ter acontecido o contrário. O resultado desse equívoco é uma obra sensorial e criativa (a tal obra de arte), mas egótica e desligada das funções para que foi criada.

Obviamente, nada me move contra um estádio que seja uma obra de arte, desde que ele não seja apenas isso. A obra de arte não tem uma finalidade prática. Serve para ser bela. É essa a sua utilidade. Mas um estádio de futebol não pode sacrificar à beleza a funcionalidade. Se é belo, tem de ser belo e funcional.

Dizem os cultores mais empolgados deste estádio, e que estão livres de assistir a jogos no topo da bancada em pleno Inverno, que se trata de "algo mais do que um estádio". Será. Porém, para os adeptos, que são os fieis de cada cerimónia, é "algo menos do que um estádio", já que lhe detectam falhas essenciais. E só criaturas tão radicalmente inocentes como eles poderiam vir agora contradizer todas as pessoas inteligentes que têm dedicado ao estádio tantas distinções e louvores.

Esta desconcertante inocência só encontra paralelo na história do menino que não vislumbrava o belo fato novo do imperador, o tal que só podia ser visto por pessoas muito inteligentes, e proclamou "O rei vai nu!"

Pois bem, os adeptos do Braga, pelo menos eles, também olham para aquele belo estádio no Inverno e o vêem nu e desolado.

sábado, dezembro 23, 2006

Não vai ser preciso...



Ricardo Carvalho frente ao clube do coração:

"Se marcar ao FC Porto não festejo"


É bonito da tua parte, mas não vai ser necessário, pois nem vais marcar nem sequer ganhar...

Lembranças de Jesualdo e jogadores de eleição



Francisco José Viegas no JN:



1. Admito que Jesualdo Ferreira se canse de chamar a atenção para pormenores, mas convém que os lembre, mesmo correndo o risco de ser um chato.

O mais importante deles ocorreu depois do F. C. Porto-Paços de Ferreira estava descontente com a exibição relativamente banal da equipa. O resultado, 4-0, foi interessante: quatro golos saídos dos pés de Ricardo Quaresma e dois deles apontados por um defesa, Pepe. Houve quem pensasse que uma operação aritmética básica bastava para descansar Jesualdo (quatro golos à equipa que tinha ganho ao Sporting e empatado com o Benfica); felizmente, o treinador lançou o aviso para compensar a alegria instalada desde a semana anterior, quando tinha lembrado outra coisa básica - que é em jogos como aquele da Choupana, contra o Nacional, que se ganham campeonatos, e não apenas contra o Benfica e o Sporting.

Isso é bom de dizer, mas toda a gente sabe que não basta ganhar ao adversário; é preciso, dentro de certos limites, humilhá-lo um pouco para que não fique com um sorriso ao canto da boca. Adriaanse, o do molho holandês, não tinha percebido que era preciso ganhar ao Benfica no Dragão - e aqueles dois golos de Nuno Gomes foram "o sorriso ao canto da boca" até ao fim da época. Alguém, nessa altura, devia ter avisado Adriaanse; mas andavam ocupados com o processo disciplinar a Diego.

2. Devo desculpas a Pepe. Há três anos eu queria trocá-lo por outra coisa qualquer. Para se vingar de fala-baratos como eu, Pepe revelou-se o melhor central a actuar em Portugal. Nada me impede de desejar que seja, mesmo, o melhor central português. Português, repito.

3. "Jogadores de eleição" é um tema recorrente, mas vale a pena lembrar enganos fatais. Durante um F. C. Porto-Braga, há uns anos, um comentador de serviço (na TSF) acabava de ver o mesmo que eu Deco, esse português bravo, arrastava toda a defesa do então Estádio 1.º de Maio para a direita e, num último momento, inflectiu, ficou diante de uma brecha por onde fuzilou o guarda-redes, Quim na época. Nunca esqueci esse golo nem o comentário ressentido do sujeito: "Manhoso, Deco. Mas isso não mascara o facto de ser um jogador banal." Não era. Um ano depois, num Belenenses-F. C. Porto, Deco toma a bola entre os pés na grande área e corre para a baliza adversária; faz o campo todo, suporta três cargas e, diante da baliza, cede a Alenichev, seu concorrente para o lugar, que faz o quarto golo. No Dragão, este ano, vi a mesma sequência de jogadas com Ricardo Quaresma e com Anderson. O comentador anda aí. O que disse de Deco, repetiu sobre Quaresma e de Anderson.

4. Ricardo Carvalho, Deco, Paulo Ferreira, Maniche, Derlei, Jorge Costa, Diego - todos saíram do F. C. Porto, tal como Mourinho. Em Fevereiro, o confronto com o Chelsea há-de fazer lembrar esse e outros pormenores. Mourinho não perdoa várias coisas e quer mostrar que o coração é um acidente na sua vida. Não é - mas ele quer mostrar. Fevereiro vai ser amargo.

Momento hilariante do ano




Karyaka confessa apoio da águia

Benfica com o CSKA

MOSCOVO — Karyaka, médio do Benfica, revelou anteontem ao jornal desportivo russo Soviet-Express que grande parte dos adeptos da formação encarnada ia torcer pelo CSKA. Mas o mais curioso foi o facto de o futebolista ter dito que também havia jogadores do emblema da águia que gostariam de ver os portistas cair em Moscovo, no desafio de ontem, a contar para a quinta jornada da Liga dos Campeões.

«A maioria dos benfiquistas vai apoiar o CSKA e até houve alguns dos meus colegas que me chegaram a segredar que também iam estar ao lado do clube de Moscovo», confessou o futebolista do Benfica, que esteve perto de deixar a Luz, mas acabou por integrar o plantel às ordens de Fernando Santos.

Ser do FC Porto é...




— O que pensa do papel de Vítor Baía como complemento de Jesualdo Ferreira?

— À partida é uma bofetada de luva branca do Vítor a Scolari, pois o seleccionador dizia que seria um foco desestabilizador tê-lo no banco. No FC Porto entendo-o como um elemento aglutinador do grupo e não como alguém capaz de dizer ao treinador que este está a jogar bem ou a jogar mal. Nem vejo o Jesualdo a aceitar isso. É aquele que transmite aos companheiros o que é o FC Porto e por isso festejam quase sempre com ele quando marcam um golo.


— Ser do FC Porto é...?

— É como o slogan que se ouvia no meu tempo: «Ame-o ou deixe-o!» E eu amo-o. Os adeptos do FC Porto não são de meio-termo: só gostam do FC Porto. Gosto do ódio que sentem por ele: antes o FC Porto era um clube muito simpático, que jogava bem mas perdia sempre em Lisboa. Mas essa simpatia não interessa.


— Qual foi a coisa mais ousada que fez pelo FC Porto?

— Costumávamos dizer: os adversários querem ganhar-nos, portanto, estão a roubar o leitinho dos nossos meninos. Por isso, hoje posso dizê-lo, vi-os sempre como inimigos.



* Rodolfo Reis – antigo jogador e treinador

Só contra a Grécia?




Não acreditas?!! Eu festejei a derrota contra a Grécia e as outros derrotas todas da selecção do esterco escorrali...Não posso com eles...

Quem???




Nome: Diego da Silva Costa
Data de nascimento: 07/10/1988 (18 anos)
Nacionalidade: Brasileiro
Posição: Médio
Clubes:
Barcelona Esportes Capela (2005)
Sp. Braga B (2006)
FC Penafiel (2006/07)

Ser adepto do FC Porto é...




- Ser adepto do FC Porto é...

- É a obrigação de quem se identifica com a cidade, é reconhecimento, é nome, ganhar o pão de cada dia.


— Qual foi a coisa mais ousada que fez pelo FC Porto?

— Nunca fiz nada pelo FC Porto, o clube é que faz por nós. É a única voz que enfrenta o poder centralista da capital e que contribui para mantermos uma auto-estima elevada. Quando não se tem uma autarquia que defenda os interesses da cidade, resta pouca coisa. E o FC Porto é a voz maior que nos defende.


* Jorge Olímpio Bento – professor universitário

Eh,Eh,Eh

Estupidez...




E SOKOTA fica!!!!!!!!!!!!!!

Aí vêm mais um...




O FC Porto vai avançar para a compra de 80 por cento do passe do lateral-esquerdo do River Plate, Lucas Mareque. Para o conseguirem, os portistas deverão investir um pouco menos de um milhão e meio de euros. Lucas Mareque comprou o seu passe ao River Plate por 530 mil euros e assinou por 3 anos com mais um de opção.


MODALIDADES

Eu tinha desistido de colocar aqui os resultados das modalidades, pois é uma bagunçada...Ainda dizemos mal do futebol..o que dizer das modalidades amadoras…aquilo é uma palhaçada em termos de datas...há jogos quase todos os dias da semana: jogos adiados, jogos antecipados, equipas que folgam...Coloca-se hoje , mas amanha já há um jogo de atraso, coloca-se amanha, mas joga-se ao fim do dia mais um jogo...enfim...de qualquer forma aqui ficam as classificações actuais...com o Natal parece que estabilizaram...


ANDEBOL
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HOQUEI EM PATINS
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LIGA DOS CAMPEÕES:



BASQUETEBOL
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14ª Jornada: FCPORTO 4 - P.FERREIRA 0




Pondo a escrita em ordem...Golos de bola parada, o que é extraordinário...parece que agora se trabalha esse aspecto e mais importante de tudo com resultados...e Grande PEPE, com o sempre fantástico Quaresma num jogo jogado q.b...

Ainda sobre o fantástico PEPE, Jorge Maia no OJOGO:

PEPE

Era muito fácil dizer que Pepe seria uma excelente opção para Scolari depois do jogo que o central portista fez contra o Paços de Ferreira. Era muito fácil lembrar que, se Nélson do Benfica e Nani do Sporting foram chamados à Selecção sem polémicas, a opção por Pepe é apenas uma questão de bom senso. Era muito fácil, mas não o vou fazer. Já fiz.

Chamem-me preguiçoso, mas hoje não me apetecem coisas difíceis e complicadas. Porque a questão é muito simples. Pepe é claramente o melhor central a actuar em Portugal, e logo na melhor equipa portuguesa da actualidade. De resto, apenas o facto de jogar precisamente no FC Porto impede que, aquilo que é uma evidência, seja reconhecida como tal por todos, independentemente das naturais preferências de cada um. Ora, sendo o melhor central a jogar em Portugal, tendo cumprido todos os requisitos legais para se naturalizar português e tendo manifestado a vontade de jogar pela Selecção Nacional, apenas por chauvinismo se poderia justificar que fosse ignorado por Scolari. A ainda recente lesão de Jorge Andrade tratou de provar que as alternativas de qualidade para completar a dupla de centrais ao lado de Ricardo Carvalho não são tão abundantes como a nossa boa vontade em relação aos jogadores portugueses faria supor.

De resto, aqueles a quem o facto de Pepe ser do FC Porto ainda provoca ataques de urticária sempre se podem tranquilizar com outra evidência: a jogar assim, depressa crescerá para além dos limites estreitos dos orçamentos do nosso futebol e sairá.

Como muitos outros antes dele, será finalmente consensual nesse instante, mas seria uma pena ter que esperar por isso para poder contar com ele na Selecção Nacional.




Continua a campanha brilhante. Vejámos:


FCPORTO-Setubal: VITÓRIA
FCPORTO-Leiria: VITÓRIA
E.Amadora-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Cska: EMPATE
Naval-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Beira-mar: VITÓRIA
Arsenal-FCPORTO: DERROTA
Braga-FCPORTO: DERROTA
FCPORTO-Marítimo: VITÓRIA
FCPORTO-Hamburgo: VITÓRIA
Sporting-FCPORTO: EMPATE
FCPORTO-Benfica: VITÓRIA
Hamburgo-FCPORTO: VITÓRIA
Setúbal-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Académica: VITÓRIA
Cska-FCPORTO: VITÓRIA
Belenenses-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Boavista: VITÓRIA
FCPORTO-Arsenal: EMPATE
Nacional-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-P.Ferrreira: VITÓRIA


MARCADORES:

HÉLDER POSTIGA 10 golos (conto com o golo roubado pela Liga)
QUARESMA 5 golos
LUCHO 4 golos
PEPE 3 golos
LISANDRO 2 golos
BRUNO MORAES 2 golos
ADRIANO 1 golo
RAÚL MEIRELES 1 golo
CECH 1 golo
TARIK 1 golo


INDISCIPLINA:

PAULO ASSUNÇÃO 6 amarelos
PEPE 4 amarelos
BOSINGWA 4 amarelos
QUARESMA 2 amarelos
LUCHO 2 amarelos
LISANDRO 2 amarelos
FUCÍLE 2 amarelos
RAÚL MEIRELES 2 amarelos
ADRIANO 1 amarelo
BRUNO ALVES 1 amarelo
JORGINHO 1 amarelo
DIOGO VALENTE 1 amarelo
IBSON 1 amarelo
CECH 1 amarelo

ASSISTÊNCIAS:

FCPORTO-LEIRIA: 40 728 espectadores
FCPORTO-BEIRA-MAR: 31 423 Espectadores
FCPORTO-MARÍTIMO: 33 023 espectadores
FCPORTO-BENFICA: 50 223 espectadores
FCPORTO-ACADÉMICA: 30 207 espectadores
FCPORTO-BOAVISTA: 38 729 espectadores
FCPORTO-P.FERREIRA: 38 203 espectadores

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Critérios

A corrupção lampíonica continua na LIGA...basta ver os critérios...


Jorge Maia no OJOGO:


1- Há uma excelente notícia escondida, encolhida de medo, por detrás de todo o chinfrim em torno da nomeação de Maria José Morgado para coordenar a investigação do processo Apito Dourado. Um país que investe fortunas e os seus melhores elementos a investigar a corrupção no futebol tem mesmo de ser um pequeno paraíso à beira-mar plantado. Quais redes de pedofilia e de tráfico de seres humanos? Quais redes de tráfico de droga e de contrabando? Quais crimes económicos? Qual Operação Furação? Qual crime organizado? Qual violência doméstica? Quais homicídios qualificados ou inqualificados? A grande prioridade da nossa Justiça, aquilo que nos traz a todos desassossegados e inseguros, aquilo em que investimos uma das nossas melhores investigadoras é em saber se o presidente do clube x pagou ao árbitro y para ganhar ao clube z. Depois sim, podemos respirar mais tranquilamente e deixar os miúdos brincar na rua outra vez.

2- Edson, jogador do Paços de Ferreira, teve uma entrada violenta sobre Pepe, central do FC Porto, no jogo disputado no último fim-de-semana no Dragão. O jogador do Paços de Ferreira tinha visto apenas dois amarelos durante o resto da temporada e nunca tinha sido expulso ao serviço do seu clube. A Comissão Disciplinar da Liga castigou-o com dois jogos de suspensão e multa de 500 euros, aplicando-lhe o ponto 1 do artigo 122 do regulamento disciplinar.

Há duas semanas, o mesmo artigo serviu para justificar a aplicação de apenas um jogo de castigo e 400 euros de multa a Nuno Gomes por uma entrada violenta sobre João Moutinho no clássico de Alvalade. Isso apesar daquela ser a segunda expulsão de Nuno Gomes no presente campeonato. Critérios.



PONTO FINAL

"É ponto assente que quero terminar a carreira no FC Porto"

Vítor Baía, jogador do FC Porto



Entretanto , esta Justiça é uma palhaçada:

José Veiga tenta ganhar tempo


José Veiga está a fazer por tudo para não ter de prestar a caução de 500 mil euros determinada pelo juiz de instrução do designado caso João Pinto. O ex-empresário de jogadores viu o Tribunal de Instrução Criminal dar-lhe resposta negativa a um pedido de suavização das medidas de coacção, alegando não ter dinheiro, mas não se conformou. O seu advogado, João Correia, acaba de efectuar um pedido de esclarecimento sobre alguns aspectos do despacho do juiz.

Na óptica de José Veiga, enquanto decorre esta diligência do seu defensor, João Pinto poderá ser novamente ouvido pelas autoridades, tal como solicitou no final do passado mês de Novembro, através de Castanheira Neves, um dos seus advogados. O ex-empresário - indiciado por crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais, pelo alegado desvio de 3,29 milhões de euros de um contrato paralelo celebrado com o Sporting - conta que esse depoimento possa esclarecer o destino daquelas verbas e atenuar a suspeição que recai sobre si. Veiga até já anunciou que tenciona regressar ao Benfica somente depois de João Pinto prestar declarações.

Se, após o esclarecimento, o juiz mantiver a obrigação de prestação da caução de 500 mil euros, João Correia pode recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, não estando entretanto Veiga obrigado a apresentar os 500 mil euros.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Não bate a bota com a perdigota

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Não bate a bota com a perdigota

Há uma coisa que, nem que Cristo descesse à terra para dirigir pessoalmente as investigações do Apito Dourado, se conseguiria desfazer: é esta chatice da verdade do futebol jogado dentro dos relvados.


Abota pode ser a do Ricardo Quaresma, o mais genial jogador do campeonato português — tal como já o era no ano passado, queira Scolari ou não queira. A perdigota pode ser a D.ª Carolina Salgado, que actualmente simboliza muito bem aqueles que chegaram ao futebol por acaso ou caminhos ínvios, dele se alimentaram para tentarem ser alguém e que a ele só trouxeram vergonha e sujidade. Há quem prefira o futebol à maneira da D.ª Carolina; eu prefiro-a à maneira do Ricardo Quaresma. Se vou para a bancada do estádio é por causa de jogadores como o Quaresma; se não me aproximo dos camarotes é por causa de pessoas como a D.ª Carolina, que por lá habitam.

Há três anos que venho dizendo isto e peço desculpa por me repetir: o grande embaraço do Apito Dourado é que desde o início que se tornou óbvio, para quem tenha alguns conhecimentos de direito ou algumas preocupações em ver a justiça ser feita, que as expectativas que muitos alimentaram à sua conta não encontravam correspondência nos factos do processo. Ou, por outras palavras, o grande objectivo de 80 por cento daqueles que obcecantemente falam, escrevem e sonham com o — Apito Dourado — a saber, o entalanço de Pinto da Costa e do FC Porto — esbarram miseravelmente no pouco interesse que despertam as manigâncias do FC. Gondomar e de um pequeno exército de sombras gravitando à roda do major Valentim Loureito. E isso, manifestamente, não interessa aos entusiastas do Apito Dourado: não é o Gondomar que interessa, é o FC Porto; não é Valentim Loureiro, é Pinto da Costa. Que chatice, não bater a bota com a perdigota!

Com grande esforço e voluntarismo, alguns magistrados do Ministério Público fizeram o que puderam para chegar onde a maioria queria: descobriu-se um árbitro que terá ido beber um café a casa de Pinto da Costa, antes de um palpitante FC Porto-Rio Ave para a Taça de Portugal, e outro que terá pedido a alguém que pediu a alguém ligado ao FC Porto duas meninas para se entreter antes de arbitrar o terrível FC Porto-Estrela da Amadora, disputado numa altura de 2004 em que o FC Porto já tinha uma vantagem irrecuperável para ser campeão e estava a dias de ganhar a Champions, enquanto o Estrela da Amadora já não tinha forma de evitar a despromoção. Eis um problema sério: como encontrar aqui interesse em corromper um árbitro, como descobrir o móbil do crime?

Segunda contrariedade: quem é que as escutas telefónicas revelaram como grande pivot do Apito Dourado, verdadeiro patrão do jogo de sombras do futebol português? Valentim Loureiro.

E quem é que deu o poder a Valentim Loureiro e com ele dividiu os cargos e influências na Liga de Clubes?
O Benfica e Luís Filipe Vieira.

Quem é que as escutas apanharam a escolher com ele ao telefone o árbitro que convinha ao seu clube? Luís Filipe Vieira.

Quem é que lhe telefonou a pedir a interdição do campo do adversário e depois lhe prometeu «um beijinho» pelo favor feito?
José Veiga.

Que chatice, querem ver que a Justiça é cega?

Mas eis que agora, subitamente, um sirocco de esperança varre as almas justiceiras! Ainda nem tudo está perdido, ainda se pode fazer justiça! Graças à chegada aos acontecimentos de duas mulheres, já há benfiquistas que desabafam comigo que para o ano o FC Porto estará na II Divisão, tal como a Juventus, em Itália (já lá vai o tempo em que eles acreditavam poder vencer-nos: agora querem-nos é longe da vista e dos relvados...). Carolina Salgado, juram-me, vai ser a «testemunha-chave», «mulher de coragem», como atestam a Leonor Pinhão e aquele Dr. Bexiga, ex-vereador de Gondomar, que, depois de a ouvir confessar que contratou e pagou aos que lhe deram uma coça, chegou à conclusão que ela era «um exemplo cívico» (mais uma coça e ele ainda a propõe para a Ordem do Infante...). O povo espera, obviamente, que o governo abra uma excepção às restrições orçamentais e que aplique parte do dinheiro dos nossos impostos e do nosso trabalho a garantir adequada protecção e recompensa a esta testemunha preciosa, cuja credibilidade, desinteresse e carácter moral estão amplamente expostos naquela coisa edificante a que a Editora D. Quixote resolveu chamar «livro» e que deve ser, com certeza, um modelo daquilo que os novos admiradores da D.ª Carolina gostariam de ver exposto acerca de si próprios, no dia em que os seus cônjuges resolvessem vingar-se deles. Valha-nos Carolina Salgado para perceber em que campo moral cada um se situa e como o futebol português é, de facto, o território do «vale tudo»! Mas o povo também espera que a Dr.ª Maria José Morgado faça jus à sua fama de arrasa-criminosos e consiga descobrir finalmente o móbil do crime portista, nem que para isso tenha de mandar torturar, um por um, todos os árbitros portugueses, incluindo até Lucílio Baptista e todos os que apitaram jogos do Benfica, na gloriosa caminhada rumo ao título de 2004/05. Dela se espera bem mais do que aquele caricato episódio de um juiz de instrução a ouvir três peritos em arbitragem para ver se eles conseguiam detectar, no vídeo do célebre FC Porto-Estrela da Amadora (4-1), provas concludentes sobre a corrupção do árbitro, coisa que, estranhamente, não se tornou patente.

Mas há uma coisa que, nem que Cristo descesse à terra para dirigir pessoalmente as investigações do Apito Dourado, se conseguiria desfazer: é esta chatice da verdade do futebol jogado dentro dos relvados e que todas as semanas pode ser constatada por quem segue o assunto e ainda gosta de futebol. E aí, nesse território da verdade, o que a memória dos últimos largos anos nos diz é que, tirando esporádicos intervalos, o FC Porto é a melhor equipa portuguesa a léguas de distância das outras e uma das melhores equipas da Europa e do Mundo. Não deve ser coincidência que quem por lá passa, seja jogador ou treinador (e, em especial, se vindo dos rivais directos), não se cansa de repetir que ali encontrou uma organização, um espírito de equipa e uma cultura de vitória como em lado algum. E, depois, há equipas como a do Baía, do Ricardo Carvalho, do Deco, do Derlei, ou esta do Helton, do Pepe, do Quaresma e do Anderson, que todas as semanas mostram num canal perto de si que só por absoluto fanatismo e má-fé é que é possível pretender que não é a eles que se devem as vitórias, mas sim aos árbitros — aqui, na Europa e no Mundo.

O FC Porto de Jesualdo Ferreira acaba de encerrar de forma brilhante dois ciclos de jogos, com uma interrupção de dez dias pelo meio, em que foi o único representante português a ultrapassar a fase de grupos na Champions e se afirmou internamente como o grande candidato ao título. Foram 13 jogos, quase todos sem Anderson, alguns arrostando com arbitragens prejudiciais, outros encaixando a quase violência dos adversários, e apenas cedendo, no final, dois empates: um em Alvalade, no campo de um rival directo, e outro contra o Arsenal, em que só o azar impediu a vitória. Nunca o Apito Dourado deu tanto jeito para desviar as atenções!




segunda-feira, dezembro 18, 2006

O fantasma de Mourinho

Álvaro Magalhães, escritor no JN:


O Chelsea-F. C.Porto dos oitavos da Champions é um prato suculento cozido por muitos fogos. Melhor, isto é, mais intenso e apropriado, era impossível.

Depois de dois anos de vil e apagada vida europeia, ainda paira por aí o fantasma de Mourinho. Os Superdragões lançaram-lhe uma maldição que garante que ele não voltará a ser campeão europeu (a menos que regresse ao F. C. Porto, é claro) e, tal como os restantes adeptos, suspiram pela chegada de um novo Messias, capaz de inspirar a repetição de feitos heróicos.

Compreende-se a essência deste anseio. Se voltar o brilho e a glória do tempo de Mourinho, sem Mourinho, saber-se-á, enfim, que foi o F. C.Porto que fez dele campeão europeu, não contrário, e o seu fantasma extinguir-se-á de vez. Por outro lado, ultimamente tem sido visto por aí o grande F. C.Porto do passado, o próprio Jesualdo nos alertou para essa evidência, e até os mais cegos viram pelo menos reflexos da saudosa equipa de Mourinho no jogo com o CSKA ou mesmo nos jogos com o Benfica e o Nacional, em que emergiu o mesmo carácter indomável. Pois bem, a estas coincidências ou semelhanças podem ser acrescentadas muitas outras, como as existentes entre Mourinho e Jesualdo.

Mourinho veio de uma equipa média e chegou com os bolsos vazios nada tinha ganho. E Jesualdo? Também.

Mourinho treinou o Benfica e foi rapidamente escorraçado. E Jesualdo? Também.

Mourinho força a transcendência de alguns jogadores, despertando neles potencialidades ocultas. E Jesualdo? Este Postiga, que é apenas o melhor exemplo disso, garante-nos que sim, que também.

Mourinho, lembram-se?, cerrava os dentes depois de um empate em casa e ia ganhar fora. E Jesualdo? Também acabámos de o ver a fazer isso em Moscovo.

Mais semelhanças?

As equipas de Mourinho assentam na solidez defensiva e na transição atacante fulminante e letal. Há nelas um modo de agilidade que rasura acções supérfluas, incluindo a posse de bola inútil, e que produz um poderoso efeito de síntese. E as equipas de Jesualdo? Também.

Afinal, ambos adoram deuses com os nomes de Simplicidade e Eficácia e se cingem ao essencial, afirmando o mesmo desprezo pelo espectáculo, que é meramente acessório. "Espectáculo é ganhar", ambos sabem isso.

Pois bem, todas estas semelhanças e coincidências fizeram com que os portistas passassem a olhar Jesualdo de forma diferente. Será, pois, também possível que seja ele o Messias redentor tão aguardado? Afinal, além da arrogância e do sobretudo "Armani", o que lhe falta para ser outro Mourinho? Talvez deixar de fumar, e, claro, ser campeão europeu. Ora, da primeira condição já o presidente anda a tratar e da segunda, bem mais difícil, tratou o sorteio da última sexta-feira, reduzindo, e muito, a enormidade da tarefa. Agora Jesualdo só precisa de eliminar o Chelsea e caçar o fantasma. Mais nada.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Momento cor-de-rosa



Passagens Tal e Qual:

- DIABOS VERMELHOS PROTEGEM CAROLINA SALGADO. A ex-namorada de Pinto da Costa receia as represálias dos velhos aliados, os Super Dragões. Por isso, os seus guarda-costas são...os antigos inimigos.


Passagens 24 Horas:

- Diz que ela CONSOME COCAÍNA

- Conta que ela lhe deu um fato de Pinto da Costa

- Garante que ela teve um ENCONTRO COM LUIS FILIPE VIEIRA

- E que ela costuma mandar bater em pessoas

FCPORTO - CHELSEA

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Está(mo)s lixado(s)...

Venham os Franciús...




vs

Chelsea

vs

Bayern de Munique

vs

Liverpool

vs

Valência

FCPORTO

vs

Lyon

vs

Manchester United

vs

Arsenal

vs

Milan




Para mim, neste momento a pior equipa que nos poderia calhar era o Lyon, a melhor talvez o Liverpool,mas como parece que os franciús querem vingança, venham eles...

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Mágico



«Deco é um dos melhores jogadores do mundo»(Ronaldinho)

O internacional brasileiro Ronaldinho teceu rasgados elogios ao companheiro no Barcelona, Deco, e considera que o internacional luso-brasileiro «é um dos melhores jogadores do mundo».


«Deco é um dos melhores jogadores do mundo e provavelmente o melhor na sua posição. Para mim é uma alegria tê-lo perto de mim», realçou Ronaldinho.

Deco realizou hoje uma fantástica exibição frente ao América do México (4-0), onde inclusivamente marcou um excelente golo e fez várias assistências.

«Podemos fazer um DVD com as jogadas estupendas do Deco» (Rijkaard)

terça-feira, dezembro 12, 2006

Foi há dois anos...

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13ª Jornada: NACIONAL 1 - FCPORTO 2

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NEM A ROUBAR DESCARADAMENTE CONSEGUIRAM...



Para memória futura:

PAULO COSTA do PORTO, mais um contratado no " O SAPO"...


Jesualdo Ferreira:

"Os campeões não se consagram nos desafios mais mediatizados, onde a motivação é elevada e o público está muito galvanizado. Jogos como o da Choupana vão suceder-se e teremos de estar aptos para os vencer. É nestes jogos que se ganha campeonatos."


Continua a campanha brilhante. Vejámos:


FCPORTO-Setubal: VITÓRIA
FCPORTO-Leiria: VITÓRIA
E.Amadora-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Cska: EMPATE
Naval-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Beira-mar: VITÓRIA
Arsenal-FCPORTO: DERROTA
Braga-FCPORTO: DERROTA
FCPORTO-Marítimo: VITÓRIA
FCPORTO-Hamburgo: VITÓRIA
Sporting-FCPORTO: EMPATE
FCPORTO-Benfica: VITÓRIA
Hamburgo-FCPORTO: VITÓRIA
Setúbal-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Académica: VITÓRIA
Cska-FCPORTO: VITÓRIA
Belenenses-FCPORTO: VITÓRIA
FCPORTO-Boavista: VITÓRIA
FCPORTO-Arsenal: EMPATE
Nacional-FCPORTO: VITÓRIA


MARCADORES:

HÉLDER POSTIGA 9 golos (conto com o golo roubado pela Liga)
QUARESMA 5 golos
LUCHO 3 golos
LISANDRO 2 golos
BRUNO MORAES 2 golos
ADRIANO 1 golo
RAÚL MEIRELES 1 golo
CECH 1 golo
TARIK 1 golo
PEPE 1 golo

INDISCIPLINA:

PAULO ASSUNÇÃO 6 amarelos
PEPE 4 amarelos
BOSINGWA 3 amarelos
QUARESMA 2 amarelos
LUCHO 2 amarelos
LISANDRO 2 amarelos
FUCÍLE 2 amarelos
RAÚL MEIRELES 2 amarelos
ADRIANO 1 amarelo
BRUNO ALVES 1 amarelo
JORGINHO 1 amarelo
DIOGO VALENTE 1 amarelo
IBSON 1 amarelo

ASSISTÊNCIAS:

FCPORTO-LEIRIA: 40 728 espectadores
FCPORTO-BEIRA-MAR: 31 423 Espectadores
FCPORTO-MARÍTIMO: 33 023 espectadores
FCPORTO-BENFICA: 50 223 espectadores
FCPORTO-ACADÉMICA: 30 207 espectadores
FCPORTO-BOAVISTA: 38 729 espectadores

Se fosse eu, demitia-me

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Se fosse eu, demitia-me

Sei muito bem o que o FC Porto e, por acréscimo, todos os portistas, devem a Pinto da Costa. Sinto por ele gratidão e consideração pessoal. Mas entendo que o asqueroso episódio da Dona Carolina Salgado é grave, não pode passar sem consequências e não pode ser o FC Porto a pagá-las. No lugar dele, demitia-me.


1- A única coisa boa que aconteceu ao futebol português esta semana foi a qualificação do FC Porto para os oitavos-de-final da Champions. Comecemos, então, por aí, antes de, inevitavelmente, irmos às coisas feias e más.

O FC Porto, de Jesualdo Ferreira, culminou uma brilhante recuperação no seu grupo com uma exibição de classe e de coragem contra o Arsenal. Face a um jogo destes, em que empatar bastava, a grande maioria dos treinadores portugueses teria jogado para o empate desde o início. Mas, mostrando ter aprendido com o que aconteceu em Londres, na primeira volta, Jesualdo e a equipa resistiram a essa tentação e, de facto, só desistiriam de ganhar um jogo que bem mereciam ter ganho, nos últimos dez minutos, quando as consequências de arriscar numa vitória poderiam ter sido desastrosas. A par dessa demonstração de classe, coragem e maturidade, ficou uma exibição absolutamente fabulosa de Ricardo Quaresma. Se aquele chapéu de letra tem encontrado pela frente um guarda-redes mais baixo do que o gigante alemão do Arsenal, teria sido um dos golos da década!

E, ontem à noite, na Choupana, apesar de uma arbitragem antieuropeia, que tudo consentiu ao Nacional — o massacre de Quaresma, o jogo faltoso sistemático e a intimidação física — e que tudo lhe perdoou — cantos, penalties, segundo amarelo — o FC Porto foi capaz de dar mais um passo em frente rumo ao final de um terrível ciclo de sete jogos no período pós-Anderson.


2-O que mais me custa, neste sórdido episódio da Dona Carolina Salgado, é vê-la sentada a uma mesa a autografar livros como se tivesse escrito um livro. Não escreveu: para começar, aquilo não é um livro, é um pedaço de papel higiénico que, depois de usado, seguiu para uma tipografia e encontrou uma editora disposta a chafurdar na lixeira. Depois, e como é óbvio, a senhora não escreveu coisa nenhuma, nem tem competência para tal: quem lhe encomendou a sale besogne, escreveu-lhe o livro e, no fim, recolheu-lhe a assinatura e deu-lhe aquele grandiloquente e ridículo título de Eu, Carolina, tipo Eu, Cláudio, obra de referência daquela escritora americana de literatura de aeroporto. O livro da Dona Carolina não é sequer literatura de aeroporto: é um dejecto de ressabiamentos e vinganças pessoais que eloquentemente ilustra não as origens ou a educação, mas o carácter da senhora. Porque, se é certo que a educação demora gerações a refinar, o carácter não tem que ver com isso. Ela não tem culpa de vir de onde veio, tem culpa, sim, de ser como é.

Agora, a Dona Carolina vive bem mais do que os seus cinco minutos de fama. Tem as televisões e os jornais aos pés, tem leitores a pedir-lhe autógrafos e tem até (ó, suprema ironia, quem os ouvia a falar dela...!) benfiquistas prontos a acolhê-la e a transformá-la em Maria Madalena ou (deixem-me rir!) Carolina d'Arc. Mas, quando a poeira assentar, a pobre Carolina, como tantos e tantas outras antes dela, vai perceber que falou tanto que se enterrou até ao pescoço e que a validade do veneno que lhe deram para usar não era eterna. Em breve se tornará cansativa, inútil e desagradável à vista. E, então, regressará de onde veio, só que sem câmaras nem holofotes à sua frente e sozinha para enfrentar todos os processos judiciais e chatices de que agora, no seu patético arrebatamento, não deu conta. Exit Carolina.

Resta o principal: pode o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, passar impune e indiferente a tudo isto, assobiando para o ar quando lhe falam do assunto e limitando-se a dizer «falem-me de coisas sérias»? Não, não pode. A meu ver, não pode. A questão não está tanto em saber se o que diz a Dona Carolina é verdade, meia-verdade ou inteira falsidade. Isso é matéria que, obviamente, a justiça terá de apurar e a que ele e ela terão de responder. A questão, agora, é que as acusações atingem não apenas a honra do presidente do FC Porto mas a do próprio clube. Se ele fosse um político ou exercesse funções públicas, não haveria ninguém que não lhe exigisse, desde já, a única atitude que a honra consente nestes casos: demitir-se, tratar de provar a sua inocência e o sem fundamento de tudo aquilo e, depois, se quisesse, tentar regressar.

Será diferente a exigência moral pelo facto de ele ser não um titular de funções públicas, mas somente o presidente de uma instituição particular, embora com o estatuto legal de utilidade pública? Sim, é diferente. Mas, no meu código de conduta pessoal, a diferença que faz é irrelevante: Pinto da Costa representa centenas de milhares de portistas e alguns milhares de accionistas de uma sociedade anónima, que têm o direito de esperar que ele prestigie o clube e que não dê motivo a que atinjam a sua honra. E se, todos nós portistas, nunca tivemos uma dúvida sobre a natureza e o carácter da Dona Carolina Salgado, respeitámos sempre o direito que o presidente do clube tinha a que a sua vida pessoal não interferisse com o seu cargo no clube. Mas ele, não: permitiu que as duas coisas se confundissem e que a sua vida pessoal viesse atingir e manchar o nome do clube. Pinto da Costa fez de Carolina Salgado uma espécie de primeira dama do FC Porto — coisa que não existe nos estatutos — misturou-a com a imagem externa do clube, chegando até a levá-la, integrada numa delegação do FC Porto, em audiência ao Papa. Enganou-se sobre o carácter dela? Paciência, são ossos do ofício — quis correr o risco, agora não pode assobiar para o ar. Até porque já é a segunda vez que tal sucede e porque, como salta à vista de todos, parece que o presidente do FC Porto tem um problema na escolha de companhias, amorosas ou de outra natureza, e quem paga a factura é o clube.

Se há defeito que detesto é a ingratidão: sei muito bem o que o FC Porto e, por acréscimo todos os portistas, devem a Pinto da Costa. Sinto por ele gratidão e consideração pessoal. E custa-me muito escrever isto. Mas entendo que o asqueroso episódio da Dona Carolina Salgado é grave, não pode passar sem consequências e não pode ser o FC Porto a pagá-las. No lugar dele, demitia-me. Mas cada um tem o seu código de conduta e os seus valores de vida: não exijo a ninguém que tenha os meus, mas também não abdico de dizer o que penso, porque isso faz parte dos meus valores. Entendo que Pinto da Costa pode fazer o que quiser, menos fazer de conta que nada se passou e que o assunto não é grave. Ou achar que pode continuar assim, tranquilamente, com as mesmas companhias e o mesmo mundo nebuloso em que se mexe, sem que isso cause danos ao clube e divida a nação portista entre os que calam e consentem e os que não conseguem nem calar nem consentir.

É uma excelente altura, aliás, para que ele e todos os Pintos, Loureiros, Veigas, Vieiras, Madail e todos os outros parem para reflectir e percebam que o seu tempo, o seu poder e o seu estilo já não cabem no mundo de hoje. Lá fora há todo um mundo de gente que anseia pelo dia em que o futebol volte a ser um território de luz, habitado por gente como aquela que gostamos de receber em nossa casa para jantar.


3-Segundo o deputado, advogado e dirigente benfiquista Sílvio Cervan, «o Benfica está na linha da frente do combate ao doping a nível mundial». Pois, se está (nunca dei por isso...), escusava de fazer a defesa de Nuno Assis com base na insinuação de que ele foi absolvido porque estava inocente. Não foi: foi absolvido com base num expediente processual invocado pelo Conselho de Justiça e com fundamento na inacreditável doutrina — ao arrepio do que dispõem as leis portuguesas e as da FIFA — de que «não basta o resultado das análises ser positivo». «É também preciso que se invoque e prove que foi o jogador que administrou ou que injectou a substância proibida.» Como facilmente se compreende, a doutrina deste acórdão — que contraria anteriores acórdãos do CJ — equivaleria, pura e simplesmente, a deixar impunes todos os casos detectados de doping.

Estamos a falar de uma coisa muito séria: o doping não apenas põe em risco a saúde do próprio jogador, com sequelas que podem ser para a vida, como constitui também uma forma de batota desportiva absolutamente inaceitável. Os dirigentes benfiquistas vivem a encher a boca de declarações grandiloquentes sobre a verdade desportiva e coisas que tais, mas depois, quando lhes toca a eles, as boas intenções e as belas palavras morrem sempre perante a impunidade de que se acham eternamente credores.



P.S: Abro aqui uma excepção ao MST, pois neste blog não autorizo comentários,afirmações de PUTAS ARREPENDIDAS:-)))

domingo, dezembro 10, 2006

 Terrorismo

Jorge Maia no Ojogo:


Horas antes de ir à sua vida, que nos dias que correm passa pelo competitivo campeonato ucraniano e pela ambiciosa equipa do Metalurg Donetsk, Co Adriaanse, ainda com as faixas de campeão e vencedor da Taça de Portugal dobradinhas no colo, pediu resgate pelas ambições europeias do FC Porto em conferência de Imprensa. Garantiu que se não lhe dessem o avançado que queria, o FC Porto continuaria a jogar bem e a perder. E para provar que estava a falar a sério, nem sequer teve problemas em sacrificar Hugo Almeida, Postiga e McCarthy, assim à moda da Jihad islâmica. O FC Porto, como é evidente, não cedeu às ameaças e aos amuos e Adriaanse optou pelo último recurso dos terroristas: fez-se implodir pela causa. Hoje, com cinco pontos de vantagem sobre o segundo classificado no campeonato, apurado para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões e com uma média de mais de dois golos por jogo, o FC Porto já provou que não precisava de contratar nenhum avançado para voltar a ser competitivo interna e externamente. Bastava-lhe um treinador equilibrado, com a sensibilidade suficiente para perceber o ponta-de-lança de nível internacional que existia, encolhido e humilhado, em Postiga. Um treinador suficientemente flexível para não fazer questão de vergar um plantel inteiro aos seus caprichos. Um treinador capaz de retirar o máximo rendimento daquilo que tem à sua disposição. Em quatro meses, o FC Porto deixou de ser uma equipa para consumo interno e voltou a ter legítimas ambições europeias. O mais curioso é que, se esgravatarmos bem, lá fundo percebemos que tudo o que mudou de essencial nestes quatro meses foi o treinador. E foi o suficiente.

Diferenças

"Nunca me ouviram dizer que não fui eu que escolhi estes jogadores ou que não gostava deles"

Jesualdo Ferreira, treinador do FC Porto

sábado, dezembro 09, 2006

 Loiro

Alcides Freire no OJOGO:


Não se desse o caso de pertencer à minoria silenciosa das pessoas com limitações capilares - um azar no tempo que corre - e era bem capaz de perder algum tempo no trânsito para ir à sede da Liga juntar a minha dúvida à da maioria silenciosa que busca a explicação para o castigo imposto pela comissão disciplinar a Nuno Gomes. E pediria então que me explicassem como se fosse loiro, muito loiro, a base que fundamenta a punição de um jogo de castigo ao avançado do Benfica. E certamente ficaria boquiaberto perante qualquer explicação da Comissão Disciplinar para atribuir ao vermelho no clássico o mesmo valor atribuído ao duplo amarelo visto no Boavista-Benfica. À segunda expulsão, o mesmo castigo. Certo, portanto.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Olha o ARGUIDO LAMPIÃO





Lembram-se da notícia do 24horas e da invasão do jagunço traficante lampião às instalações do jornal por causa deste notícia? Aqui está o arguido...


Vieira já é arguido no caso Mantorras

Luís Filipe Vieira surge na transferência de Mantorras do lado do vendedor e, mais tarde, já no Benfica, do lado do comprador



Luís Filipe Vieira já foi constituído arguido no chamado caso Mantorras, cuja transferência do Alverca para o Benfica está a ser investigada pela Polícia Judiciária (PJ). O presidente do clube da Luz junta-se a outros dois arguidos no mesmo processo, os empresários Jorge Manuel Mendes e Paulo Barbosa.

De acordo com informações recolhidas pelo JN, o interrogatório formal de Vieira como arguido aconteceu no dia 17 do mês passado nas instalações da DCICCEF da PJ. A diligência foi realizada sob grande discrição, na mesma semana em que Vieira e Veiga foram inquiridos pelo Ministério Público italiano sobre a transferência de Miccoli.

Em causa nesta investigação da PJ, está o apuramento do rasto de parte importante dos cerca de cinco milhões de euros que em 2000 foram pagos pelo Benfica por 50% do passe do futebolista angolano. É que, depois de entrar nas contas do Alverca, uma fatia substancial da verba não ficou no clube. Vieira ter-se-á dito alheio a esta situação.

Na transferência, Luís Filipe Vieira surge, no entanto, envolvido do início ao fim. Inicialmente do lado do vendedor, enquanto presidente do Alverca, e do lado do comprador, quando tomou posse como gestor do futebol do Benfica, sob a presidência de Manuel Vilarinho. Acresce que Vieira chegou a deter, em nome pessoal, uma quota sobre o passe de Mantorras, aquando da aquisição ao clube angolano. O mesmo dirigente cedeu, depois, essa posição ao Alverca.

São estas circunstâncias que podem levantar suspeitas em torno da actuação do actual líder do clube da Luz, num processo em que são investigados eventuais crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Este crime surge associado a uma operação detectada pela PJ relativa a um levantamento, pelo lado do Alverca, de cerca de 1,5 milhões de euros em notas. A esta saída de verbas correspondeu a contratação de um jogador boliviano de nome Ronald Garcia, que foi posteriormente transferido do Alverca para o Benfica. A PJ está a passar a pente fino as contas de Jorge Manuel Mendes.

Antes de Luís Filipe Vieira ter sido constituído arguido - mas depois de o jornal "24horas" ter noticiado, a 24 de Agosto passado, que a PJ iria interrogá-lo nessa qualidade -, as autoridades colocaram o empresário Paulo Barbosa como suspeito no processo, uma vez que, desde há bastante tempo, tinha uma relação informal bastante próxima com Vieira, no âmbito de vários negócios do futebol do Alverca. Muito antes disso, o agente Jorge Manuel Mendes tinha sido constituído arguido.

Contactado pelo JN e depois de inteirado do assunto, Luís Filipe Vieira não quis prestar declarações. "Não falo sobre isso. Desculpe lá, não quero incomodar-me com isso. Peçam informações à Polícia Judiciária". E desligou o telemóvel.


O passe de Mantorras

"Deve o Alverca assumir os direitos e obrigações por mim contraídos por força do referido contrato, mediante qualquer das formas previstas na lei, designadamente mediante um novo contrato a celebrar directamente entre o Alverca e a supra-referida PGD [empresa de Jorge Manuel Mendes]". Esta transcrição consta do contrato de cedência da quota sobre o passe de Mantorras por Vieira ao Alverca.

"Não faz sentido"...

"Não faz sentido o meu nome estar ligado a isto. A não ser pelo facto de ter sido interveniente na negociação, como muitas pessoas", disse o presidente do Benfica em entrevista ao "24horas" a 25 de Agosto.

...e o Apito Dourado

"O único dirigente deste país que tem tido coragem de falar no Apito Dourado para não cair no esquecimento sou eu. [...] Mas eu não me vou calar. Quem não deve não teme. Assumo perante toda a gente que tenho as minhas mãos limpas", alegou, na mesma entrevista.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

O Gil Vicente é que têm razão...





Esta cambada de corruptos que pululam os Conselhos de Justiça...foi através de vergonhas como esta que colocaram o Gil na 2ªdivisão...Vejam agora o DOPADO DO BENFICA:


Nuno Assis: CJ violou a lei e a FPF pode perder estatuto de utilidade pública


A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) violou a lei quando arquivou o processo de dopagem de Nuno Assis, jogador do Benfica. De acordo com linhas do parecer consultivo da PGR, a que a agência “Lusa” teve acesso, a decisão de arquivar o acórdão da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), tomada pelo CJ em 14 de Julho, deve ser revogada e a FPF pode ficar com o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva suspenso se não o fizer. Além do Estatuto de Utilidade Pública, caso o acórdão não seja revogado, podem ficar igualmente suspensos os contratos-programa celebrados entre a FPF e o Estado que estão em execução e cujo valor é superior a 500 mil euros. Cabe agora à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto homologar e mandar cumprir o parecer consultivo pedido à PGR pelo secretário de Estado, Laurentino Dias. Em 19 de Julho, este governante afirmou que o acórdão do Conselho de Justiça da FPF violava "grosseiramente as normas e regulamentos nacionais e internacionais da luta contra a dopagem", anunciando ainda o pedido de parecer à PGR e que o Governo daria conhecimento do processo às instâncias internacionais. Nesse âmbito, o governante disse que o caso Nuno Assis seria exposto à UEFA, à FIFA e à Agência Mundial Antidopagem, que depois o poderia remeter, como aconteceu, para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que deve tomar uma decisão na segunda-feira, em Lausana, Suíça. Nuno Assis teve um controlo positivo por norandrosterona em 3 de Dezembro de 2005, no final do Marítimo-Benfica, tendo sido suspenso por seis meses pela Comissão Disciplinar da LPFP, castigo que não cumpriu na íntegra devido ao arquivamento do processo pelo CJ da FPF.

Jogador poderá ter de cumprir o resto da suspensão

Nuno Assis terá de cumprir os cerca de dois meses de suspensão que lhe restavam, caso a Federação Portuguesa de Futebol cumpra o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e revogue a decisão do seu Conselho de Justiça. De acordo com linhas do parecer consultivo da PGR, a que a agência “Lusa” teve acesso, a decisão de arquivar o acórdão da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), tomada pelo CJ da FPF a 14 de Julho, viola a lei e deve ser revogada. O caso remonta a 3 de Dezembro de 2005, quando o médio do Benfica acusou o metabolito 19-norandrosterona num controlo antidopagem no final do jogo com o Marítimo, referente à 13ª jornada da Liga portuguesa de futebol. A 3 de Fevereiro, Nuno Assis foi suspenso preventivamente e a 12 de Junho a Comissão Disciplinar (CD) da Liga suspendeu-o por seis meses. O jogador poderia, no entanto, voltar à competição a 4 de Agosto, antes do início da Liga de 2006/07, por já ter cumprido parte do castigo. Mas o Benfica não concordou com o castigo aplicado ao jogador e recorreu para o CJ da FPF, alegando a inocência de Nuno Assis. Os departamentos médico e jurídico do Benfica acusaram, a 20 de Junho, o Conselho Nacional Antidopagem (CNAD) e a CD da Liga de terem cometido "irregularidades científicas e jurídicas graves", respectivamente, na condução do processo. Em causa estavam, segundo o Benfica, irregularidades que "deveriam ter sido suficientes para o atleta ser absolvido" no caso de dopagem. Nuno Assis, por seu lado, também recorreu da decisão, alegando que a substância em causa podia ter sido produzida pelo seu organismo. A 14 de Julho, o CJ da FPF decidiu pelo arquivamento do processo, dando razão ao futebolista, por considerar que "o procedimento disciplinar (_) pautou-se pela violação das garantias de defesa" de Nuno Assis. O organismo federativo concordou com a defesa do jogador, que invocava a nulidade da acusação por falta de factos, uma vez que aquela não lhe imputava qualquer acto consciente que tivesse levado ao resultado da análise. Para o CJ, houve ainda um erro processual, uma vez que foi refeita a acusação, depois de a CD da Liga ter reconhecido a existência das nulidades apontadas por Nuno Assis, o que não está previsto nos regulamentos da Liga. A decisão levou o secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, a acusar o CJ da FPF de "violar grosseiramente as normas e regulamentos nacionais e internacionais da luta contra do doping", ao mesmo tempo que anunciava o pedido de um parecer à PGR. No mesmo âmbito, o governante disse que o caso de Nuno Assis seria exposto à UEFA, à FIFA, e à Agência Mundial Antidopagem, que depois o poderia remeter, como aconteceu, para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que deve tomar uma decisão na segunda-feira, em Lausana, Suíça. A FPF vai estar presente na audição em Lausana e "cumprir" o que for decidido pelo TAS, segundo afirmou o presidente do organismo Gilberto Madail, a 2 de Novembro.


Este FCPORTO me encanta...



Mais uma bela exibição, a que só faltaram os golos...ai aqueles postes...os últimos 20 minutos não foram muito dignificantes para o espectáculo, mas o CSKA não deu descanso...Quem diria que o FCP atingiria este nivel??? Perante um Arsenal pressionante a todo o campo, com um excelente toque de bola, aqueles primeiros 30 minutos e depois o início da segunda parte foram fantásticos...Já acredito em tudo...se até o Bruno Alves deu num grande central:-)))






Já agora:


O F.C. Porto ficará a conhecer o adversário nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões no próximo dia 15 de Dezembro, em Nyon.

Os vencedores dos grupos ficarão no pote 1 e jogarão primeiro fora. Os segundos classificados, como o F.C. Porto, estarão no pote 2.

Eis a distribuição das 16 equipas:

Pote 1

Chelsea
Bayern Munique
Liverpool
Valência
Lyon
Manchester United
Arsenal
Milan

Um destes sairá à equipa de Jesualdo Ferreira.

Pote 2

Barcelona
Inter Milan
PSV
Roma
Real Madrid
Celtic
F.C. Porto
Lille

Ou seja, nem tudo é mau. O F.C. Porto já evitou colossos como Real Madrid, Barcelona e Inter.

in maisfutebol


Entretanto:



Co Adriaanse no Metallurg Donetsk (Ucrânia)

O técnico holandês Co Adriaanse, ex-FC Porto, aceitou a proposta do Metallurg Donetsk e vai assumir o comando da equipa ucraniana.

Adriaanse vai substituir Alonso Herrera na liderança do Metallurg, mas apenas irá começar a trabalhar a partir de 10 de Janeiro de 2007, ou seja, vai preparar a equipa para a segunda fase da época.

Co Adriaanse abandonou o FC Porto no início de Agosto, alegadamente por ter perdido a confiança da direcção e por ter entrado em rota de colisão com o grupo de trabalho, tendo rescindido o contrato que o ligava ao campeão nacional, condição essencial para trabalhar noutro clube. Contudo, mantém-se na FIFA - que está a analisar o assunto - uma queixa e respectivo pedido de indemnização por parte dos portistas pela forma como o técnico abandonou, de um dia para o outro, o clube. Ao contrário do que se chegou a pensar, esta queixa não impede o técnico de manter a sua actividade profissional. O que vai acontecer agora na segunda cidade da Ucrânia e num clube que vive na sombra do gigante Shakhtar.


As primeira afirmações de Co Adriaanse foram:

"Se não comprarmos um bom avançado, continuaremos a jogar bonito e a perder"


EHEHEH

terça-feira, dezembro 05, 2006

Futebol e violência

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Futebol e violência

Vendo jogar as equipas do Boavista que ele treina, pergunto-me se o Jaime Pacheco gostará de futebol. Talvez goste, mas não seguramente, do mesmo futebol de que eu gosto e do mesmo que leva as pessoas a deslocarem-se aos estádios

1- Tanto Vítor Pereira, novo presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, quanto Ricardo Costa, novo presidente da Comissão Disciplinar, se declararam recentemente procupados com a violência que vêm observando em algumas jogadas do actual campeonato. Preocupados, mas — se bem percebi — impotentes ou indisponíveis para fazer alguma coisa. Li algures que a entrada de Katsouranis sobre Anderson, que retirou por longo tempo dos relvados portugueses o melhor jogador da Liga, foi considerada «banal» pela CD, e o árbitro que também a considerou banal — Lucílio Baptista — estava de regresso aos jogos da Superliga logo na jornada seguinte. Há três anos atrás, em Alvalade, Benny McCarthy, caído no chão, viu Rui Jorge aterrar-lhe involuntariamente em cima, ficando sentado sobre a sua cara. Esbracejou para se libertar e, ao esbracejar, terá atingido com o cotovelo o traseiro do defesa sportinguista. O mesmo Lucílio Baptista (sempre o árbitro de serviço aos jogos entre o FC Porto e os seus rivais) nem hesitou: considerou aquilo agressão e mostrou o vermelho directo a McCarthy. Já a CD da Liga (com outros dirigentes), resolveu agravar a pena normal, de dois para quatro jogos de suspensão, por entender que aquilo foi violência pura. Mudam-se os tempos, revê-se a doutrina: uma cotovelada no traseiro de um adversário que está sentado em cima da cara do outro, causando-lhe, talvez, um ligeiro desconforto, é um acto de violência; uma entrada a varrer, levando a bola e a perna do adversário e causando-lhe fractura do perónio e rotura de ligamentos do pé é uma entrada banal. Oxalá não haja muitas banalidades destas ao longo do campeonato!

Falando acerca deste assunto e outros co-relacionados, o novo presidente da CD da Liga deu a semana passada uma conferência de imprensa destinada a expor a nova filosofia disciplinar, a qual foi amplamente elogiada. Segundo o que li, Ricardo Costa afirmou que só em «situações limite, intoleráveis e absolutamente chocantes» é que serão doravante instaurados os célebres processos sumaríssimos. Por um lado, enquanto portista, não posso ficar senão aliviado, lembrando-me de que, no passado, os processos sumaríssimos mais pareciam processos azulíssimos, de tal modo era esmagadora a percentagem de casos em que eles eram aplicados a jogadores do FC Porto, em contraste com a raridade de vezes com que eram aplicados a jogadores de todos os outros clubes. Mas, por outro lado, fico preocupado: sabendo já que, de acordo com a nova doutrina, uma entrada como a do Katsouranis é banal, o que será preciso para que uma entrada seja julgada «intolerável e absolutamente chocante», ao ponto de justificar a atenção da CD? Será preciso o coma ou morte de um jogador?

Em abono da sua tese, disse o dr. Ricardo Costa que «esta Comissão Disciplinar não é órgão de recurso das decisões dos árbitros». Muito bem: a regra ficou clara. Só me pergunto para que servirá, então, a CD da Liga? Se é para aplicar de forma meramente formal e burocrática a lei (Fulano levou amarelo: um jogo de suspensão, Beltrano levou vermelho: dois jogos de suspensão), parece-me que qualquer funcionário administrativo serve, não havendo necessidade de ter um órgão integrado por magistrados e juristas para desempenhar a função.

Por exemplo: quase a terminar o FC Porto-Boavista desta jornada, o austríaco Linz teve uma entrada às pernas do Quaresma, quando a bola já nem sequer lá morava, que não foi exactamente uma entrada mas sim uma agressão a pontapé. Colocado a três metros de distância e de frente para a jogada, o árbitro Elmano Santos — que passou o jogo a contemporizar com a violência do futebol boavisteiro — ficou-se por um escandaloso cartão amarelo. Ora, segundo a doutrina exposta por Ricardo Costa, não há nada mais a fazer — ele não está lá para corrigir disciplinarmente em defesa do futebol as decisões dos árbitros. Nem mesmo se, por infortúnio, o Linz tem partido uma perna ao Quaresma e — se por coincidência, naturalmente — o FC Porto se visse agora com os seus dois principais artistas no estaleiro...

2- Vendo jogar as equipas do Boavista que ele treina, pergunto-me se o Jaime Pacheco gostará de futebol. Talvez goste, mas não, seguramente, do mesmo futebol de que eu gosto e do mesmo que leva as pessoas a deslocarem-se aos estádios. Como se pode gostar de futebol, quando se entra em campo a jogar deliberadamente para o 0-0, sempre com os onze jogadores atrás da linha da bola (inclusive nos pontapés de canto do adversário), renunciando ostensivamente a qualquer ensaio de contra-ataque, cortando todos os ataques organizados do opositor com faltas na zona intermediária e dando rédea solta aos seus jogadores para usarem de uma dureza, às vezes violenta, que não é apenas uma atitude defensiva mas uma estratégia de intimidação e desgaste físico planeado dos adversários?

Seguramente que João Loureiro não tem culpa que Pinto da Costa lhe tenha ido roubar o treinador que ele contratara para a época e que a experiência de emergência com um desconhecido treinador sérvio tenha fracassado. Mas o recurso, em desespero, ao regresso de Jaime Pacheco e dos seus conhecidos métodos é um sinal claro dado pelo presidente do Boavista: «Que se lixe o espectáculo, que se lixe o prestígio, que se lixe o futebol, que se lixem os adeptos e os críticos! É preciso é alguém que nos dê pontos!» O resto pode esperar. Mesmo que as bancadas do Bessa, e muito compreensivelmente, estejam sempre às moscas.

3- A diferença entre uma equipa de vencedores e as outras, é que, se todas elas são, ora vítimas de erros de arbitragem, ora beneficiadas com erros de arbitragem, uma equipa de vencedores tenta sempre lutar pela vitória, independentemente do que faz o árbitro, enquanto que uma equipa de perdedores vive a justificar as derrotas com os erros dos árbitros. Anda para aí muita gente que tenta diminuir o valor das vitórias de quem mais vence — o FC Porto — lançando mão de um arquivo de memórias selectivo onde repousam todas as situações em que, nos últimos 20 anos, o FC Porto terá sido beneficiado com erros de arbitragem. Escusado será dizer, porém, que a situação inversa — os erros contra o FC Porto — não constam nunca do arquivo, não ficam na memória e não merecem atenção.

Esta época, e já lá vão doze jogos, sucedeu que, felizmente, não há a registar nenhuma situação em que o FC Porto tenha ganho pontos graças a erros de arbitragem. E manda a verdade que se diga que o contrário também não. Mas, se o FC Porto não se pode queixar de nenhum erro de arbitragem que se tenha revelado decisivo, não é porque eles não tenham ocorrido, mas porque a tal atitude de vencedores levou a equipa a superar esses erros e a ganhar, apesar deles. Na penúltima jornada, no Restelo, com 0-0 no marcador, marcou um golo que só o árbitro e o assistente não viram: sem se incomodarem, continuaram à procura da vitória e alcançaram-na. Na jornada de sábado, contra o Boavista, também com 0-0, tiveram um penalty claro que só o árbitro não viu e outro mais discutível que ele também não viu, além de um já referido critério disciplinar de Elmano Santos de mãos largas para o antijogo boavisteiro: continuaram a porfiar até chegar à vitória. É assim que se limpam os arquivos e é assim também que se forjam os campeões.