quinta-feira, fevereiro 10, 2005

APITO DA COINCIDÊNCIA



Pinto da Costa:

"São coincidências. Os sócios não conhecem as coincidências. Acho que era preciso, se calhar, fazer um apito da coincidência. Não faço leituras sobre o assunto. O FC Porto vai tomar uma posição oficial, pelo que não vou estar aqui a falar sobre o assunto".

"Não sou jurista. O departamento jurídico do clube já apresentou recurso. O Conselho de Justiça é formado por magistrados altamente considerados. Vamos aguardar. O que digo é que quanto mais problemas nos forem colocados mais unidos estaremos e mais obstinados em vencer".

"Considero normal, não estranhei absolutamente nada. Espero que não esteja a aparecer em Portugal uma coisa que seria trágica. Não me estou a referir a este caso, mas sim às perseguições que têm sido feitas ao McCarthy a todos os níveis. Basta ver como é que o McCarthy foi expulso pelo mesmo Nuno Almeida no jogo com o Maia. Espero que isto não tenha nada de mais grave por trás que uma simples coincidência".

"O nosso recurso está feito. Aquilo que tenho lido e ouvido de juristas e de pessoas que estão por dentro da matéria é que consideram uma autêntica anormalidade aquilo que foi decidido. O que é estranho é que a própria Comissão Disciplinar propôs dois jogos, pedimos a revisão para um, a instrutora propõe um, mas mantém os dois pelo facto do atleta ser reincidente. E, depois, o mesmo Conselho de Disciplina passa de dois para três".

"McCarthy só não foi castigado com dois jogos de suspensão porque nós recorremos. E fizemo-lo porque nas imagens, segundo a nossa opinião, Danilo teve uma entrada duríssima sobre o Mccarthy e ele respondeu. Afinal, aqueles que tinham decidido dois jogos de castigo acabaram por decidir que deviam ser três. Agora não coloquem na minha boca palavras que já tenho lido em alguns órgãos de Comunicação Social. Sou dos que acreditam nas coincidências e a prova será dada no futuro, pois continuarão a acontecer mais coincidências".

"Naturalmente. Não é preciso ser um perito em matéria de justiça para ver que isto é uma anormalidade. Se fosse assim, na vida dos portugueses acabam-se os recursos. Se um tribunal condenasse alguém numa pena de dois meses, o réu recorresse e apanhasse mais seria inaudito. Isto é Portugal a passar".